Parte do recurso recebido foi utilizado para mobilização das escolas na região da comunidade da espraiada:
Escola Estadual Professor Alberto Levy
Escola Estadual Professor Napoleão de Carvalho Freire
Escola Estadual Martin Pena
Devido à dificuldade histórica na região de engajamento e participação das escolas em projetos na região, contamos com duas organizações locais, que já trabalham com crianças e adolescentes alunos dessas escolas, para nos ajudar a estreitar esse contato e fazer a aproximação. Após muitas tentativas, pausa do projeto e retomada do mesmo em abril de 2023, conseguimos implementar a gincana no Napoleão.
A Escola Estadual Professor Napoleão de Carvalho Freire, situada na região do Campo Belo, de ensino fundamental II e ensino médio, atende alunos de diversas regiões da zona sul de São Paulo, como comunidade Espraiada, Taboão da Serra (região metropolitana de SP) e bairros situados no extremo da zona sul.
Após conseguirmos acessar a escola e levar a proposta da gincana, a gestão da solicitou que fossem trabalhados temas como saúde mental, bullying, violência e sentimento de pertencimento da escola, justamente por atender um público muito diverso e com dificuldade de engajamento e união.
Após a realização da gincana, a gestão relatou o aumento do sentimento de pertencimento, engajamento e maior união entre os alunos de todas as séries. No total 91 participantes, entre games masters, agentes x e ligas participaram da organização da gincana e da realização das provas. No dia das provas havia em torno de 200 alunos na escola.
A plataforma da Change X permitiu que pudéssemos levar o projeto da Gincana da Jornada X para uma escola pública Professor Napoleão Carvalho Freire, de nossa região. Para aplicação da Gincana foi oferecido a escola: o aplicativo da Gincana da Jornada X, porém os alunos não conseguiram utilizar, devido ao modelo de celulares, materiais de apoio metodológico, uma mentoria semanal presencial acompanhados pela LiveLab online, bem como vídeos cases auxiliares.
No dia da grande festa a Gincana foi realizada dentro da escola, para melhor acomodar a todos, garantir a segurança, já que nesse dia ocorreram outras atividades pedagógicas desenvolvidas pela escola. A organização começou em setembro de 2023, para que sua realização ocorresse em 21.10, das 08h às 12h.
As atividades tinham como objetivo trabalhar os temas que foram definidos durante a organização como: respeito a todos (professores, colegas, LGBTQIAP+, colegas com deficiência ....), saúde mental, reciclagem, drogas (questão de fumar na escola, mas podem ser abordadas outras drogas), intolerância, violência (na escola, em casa, contra as mulheres, crianças ...em geral).
Iniciamos chamando as quatro equipes participantes a liga Pankararu (cor vermelho), a liga Guarani (cor marrom), liga Yanomami (cor azul) e a liga Moema (cor preto), e na sequência demos início às provas. Começamos pelo chute a gol, em seguida com a prova do arremesso ao cesto, na sequência seguimos com a prova de conhecimento gerais com perguntas abertas ou de “verdadeiro ou falso”. E para finalizar foi realizada a prova do mural, na qual os alunos deveriam desenhar algo para sinalizar o fim da violência. A equipe vencedora foi a liga Guarani, do segundo ano do ensino médio.
A gincana e sua organização ocorreram em um momento bem desafiador para a escola, devido a muitas mudanças internas e fatos externos ligados à comunidade escolar em São Paulo, encerramento de notas e a aplicação de prova avaliativa da escola pelo Estado. Com pouco tempo para organizar e engajar os alunos, a comissão conseguiu mobilizar os games masters e os agentes X para formar as equipes. Devido ao curto tempo no dia que foi destinado à realização das provas as equipes realizaram 4 no total. Apesar dos desafios, a gestão escolar informou que o resultado foi muito positivo, conforme depoimentos: “A gincana foi algo maravilhoso, uma experiência única e com certeza inesquecível! Vários alunos comentaram que gostaram bastante da gincana e que nunca haviam participado de uma... Para mim, ver todos os alunos se juntando em equipes me deixou muito orgulhosa! Existe uma certa desunião no ensino médio, pois muitos já não se importam tanto com essas atividades, mas vê-los juntos e criando estratégias para cada prova me deixou realmente muito feliz.” Ana Clara Coutinho, aluna do primeiro ano do ensino médio.